Bate-papo com
Rony Belinho
Por Lívia
Fontana
1. Quais suas
principais referências (artistas, literatura, história da arte)?
Rony Belinho -
No desenho: Pontormo e Alberto Giacometti. Na pintura: de Kooning, Jean Michael
Basquait e Francis Bacon. Teóricos da atualidade em relação à arte
contemporânea, para mim são os mais consistentes: Hans Belting, Anne Cauquelin,
Artur Danto. Na música: Jazz, Caetano Veloso, Bossa Nova e Jazz Fusion.
2. Quais
questões são fundamentais para sua produção (debate crítico e processo
poético)?
Rony Belinho -
Minha formação é mais literária que em artes plásticas, possuo formação em
Letras e Literatura. Sou mais propenso a constituir personagens e elaborar
estes personagens do que tramar puramente o pictórico. A influência da poesia é muito presente em meu trabalho. Hoje em dia, não
leio mais poesia, minha leitura hoje é voltada para as artes plásticas, assim
como arte contemporânea; a morte da arte.
3. Como você
pensa a narrativa em sua produção?
Rony Belinho -
Acredito estar dentro de um universo figurativo, onde os personagens são
ficcionais, assim como foi na série Os
Vampiros e As Desgracidas, homenagem feita a Dalton Trevisan e exposta no
MON em 2013.
4. Conte sobre
seu processo de produção.
Rony Belinho -
Nunca tive sortimento nem quantidade de material para produzir. Escolhi o papel
pela acessibilidade.
5. O que
motiva geralmente a produção dos seus trabalhos?
Rony Belinho -
Isso está inserido na trama do exercício da vida, o que eu leio, o que eu
sinto, o que eu não sinto, entre as minhas leituras, escolhas e preferências
musicais.
6. Qual seu
principal interesse em trabalhar com arte?
Rony Belinho -
Vou utilizar a referência de Iberê Camargo: “o que eu produzo é uma resposta ao tempo”. E uma segunda frase que
me inspira é de Ferreira Gullar, “a arte
é o sopro do espírito sobre a matéria”. E uma última citação do crítico de
arte italiano Ernesto Grassi, “a arte é o
local de intervalo entre Deus e a alma do artista”.
7. O que você
pensa ser o mais importante para se pensar sua produção?
Rony Belinho -
Fazer uma leitura para a proposta da arte moderna, discutir alguns clichês do
gênero mais acadêmico e clássico. Gosto da modernidade da pintura, da escola do
expressionismo alemão. Também gosto da deformidade. Acredito que a natureza é
perfeita por sua imperfeição.
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